Alguns casais descobrem, após o nascimento dos filhos, que se sentem menos fisicamente e emocionalmente satisfeitos com o relacionamento. Após o parto há um despreparo para lidar com as grandes mudanças que ocorrem interna/externamente e na relação com o outro. Dentre essas mudanças, a alteração do estilo de vida associado a ter um bebê, a perda da liberdade e perda do tempo individual e juntos como um casal são desafios para todos os novos pais.
A maternidade e a sexualidade são experimentados como papéis contraditórios nesse momento. Falar em sexualidade após a chegada do bebê soa até estranho para alguns já que a mãe tende a ser vista como ser sagrado, intocável, que precisa cuidar plenamente da criança que acaba de nascer e não pode ou não deve pensar em sexo neste momento de recuperação.
Na verdade, não se comenta das dificuldades vivenciadas nesse período e manter relações sexuais com menos frequência mesmo após os 12 primeiros meses do filho é muito comum, haja vista o surgimento de questões como a aceitação ou ressignificação da nova imagem corporal, a amamentação, a recuperação física do parto, o cansaço, a dor, a impossibilidade de dormir, a depressão pós-parto e a perda da libido. O papel de marido fica relegado muitas vezes a terceiro plano.
É um desafio, mas também um dos melhores momentos para fortalecer um relacionamento. Deve-se reconhecer também que há uma indisponibilidade para o recomeço da vida sexual, onde o cansaço, sem dúvida, surge como o inibidor primordial. Cuidar de outros filhos, trabalhar em casa ou fora dela, intromissões da família de origem e não ter um momento para cuidar se si mesmo são outros agravantes para que esse distanciamento do casal ocorra. O medo e o preconceito também impedem que muitos casais procurem aconselhamento médico e psicológico para enfrentar suas dificuldades sexuais ou falar sobre sua falta de libido, dor na atividade sexual ou alguma disfunção. A deterioração da atividade sexual do casal acaba contribuindo pelo aumento no número de divórcios por falta de uma atitude preventiva do casal.
A orientação é tentar manter o relacionamento em termos de afetuosidade, onde ambos são carinhosos e amorosos, ajudam nas atividades com o bebê, procuram auxílio quando se sentem sobrecarregados, revezam noites de sono, delegam ou alternam a responsabilidade com as atividades domésticas. A dica é estabelecer de forma parceira uma união nesse momento de tensão.
Ao casal cabe perceber que os papéis de mãe/pai são diferentes do papel de mulher/homem e tentar reconquistar o parceiro é essencial para o início de uma nova relação que existirá de forma co-construida. Essa nova relação precisa de ingredientes que são importantes para qualquer relação: elogios, olhares, cumplicidade, sensualidade, namoro e paciência.
Respeitando os limites de cada um, aos poucos, a vida sexual pode ganhar um novo sentido. E esse sentido agregará valor a relação e a nova família, que se sentirá mais segura, menos cobrada e mais amada.
Por: Juliana Benevides
Psicóloga Clínica (CRP 17.844)
E-mail: julianabenevides@gmail.com
Telefone/Whatsapp: 61-91383359
Brasília-DF
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Facebook: psicólogajulianabenevides
Fonte: 20 minutos pra tudo
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Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora deste blog.
CRP: 06/119556
Realmente a vida de casal que acaba de ter um filho é bem complicada sei disso pois tenho um de 2 meses apenas, mais acho que o casal tem que entrar em um acordo a respeito das relações pois como dizem por ai se um não quer dois não briga. Acho que é interessante sempre tentar de alguma forma, seila deixa o bebe passar o findi com algum parente de confiança…
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Obrigada pelo comentário, Fernanda! Sua experiência contribui muito! Grande abraço!
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