Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro
Morder o amiguinho, bater, jogar um brinquedo, puxar o cabelo. As primeiras manifestações de agressividade nas crianças aparecem, em geral, por volta dos 2 ou 3 anos de idade e costumam deixar pais e educadores bem preocupados.
A preocupação é válida, já que o comportamento agressivo da criança muitas vezes significa machucar outra, receber ligações da escolinha e, consequentemente, um sentimento de culpa nos pais por não saberem “o que fizeram de errado” para que o filho se comportasse assim.
Porém, é natural que nesta faixa etária a criança apresente este comportamento e que a partir dos 4 anos de idade essas atitudes comecem a diminuir, quando o repertório verbal da criança melhora e ela aprende a expressar esta agressividade em forma de palavras e não mais batendo, mordendo e outros.
Por isso é muito importante que os pais saibam lidar com esta fase, ensinando à criança que é errado bater, morder, puxar o cabelo, porque isso machuca os outros. Para a criança muito nova, as emoções ainda são confusas, ela não discrimina muito bem o que sente e nem o motivo dos sentimentos e a ajuda da família é fundamental neste sentido. Ajudar a criança a compreender que está com raiva e porque está com raiva e, assim, ensiná-la aos poucos a se expressar verbalmente. Essa pode ser uma forma também de a criança obter atenção dos adultos (positiva ou negativa) e deve compreender aos poucos que existem formas melhores para que ela seja atendida em suas necessidades e anseios.
É claro que este comportamento de agredir os outros não deve ser permitido, mas vale lembrar que repreender a agressividade da criança com mais agressividade terá um efeito contrário do que se deseja, com grandes chances de ela voltar a reproduzir esta atitude, já que causará mais raiva ainda e ela pode achar que bater é algo comum entre as pessoas. Portanto, nada de “bater de volta”, “puxar o cabelo de volta”, “morder de volta” “para a criança saber o quanto dói”.
E, embora este comportamento seja típico da idade, como foi dito, é sempre preciso ter atenção àquilo que a agressividade da criança simboliza, quais os motivos que a levam a ficar com raiva. Se as manifestações agressivas forem persistentes, assim como a retraição excessiva, tristeza e outros, pode ser necessário buscar auxílio psicológico, pois pode ser indício de algum problema emocional ou de comportamento.
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Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556
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Parabéns pela iniciativa!
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Obrigada, Maria Georgina! Abraços!
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