Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro
O Atendimento Psicológico Domiciliar (ou Home Care) é uma modalidade de atendimento ainda não muito conhecida entre psicólogos e o público em geral. Este atendimento é destinado a casos onde há dificuldades decorrentes de patologias ou demais impedimentos de locomoção que impeçam a ida do paciente ao consultório ou ao hospital. Ou seja, não é um serviço que deve levar em consideração apenas aspectos como redução de custos em comparação com o atendimento convencional ou “praticidade”.
O próprio paciente (ou seus familiares/cuidadores), o médico ou a equipe de saúde acompanha o tratamento podem solicitar ao psicólogo esta modalidade de atendimento, que será avaliada acerca de sua necessidade e/ou alternativas.
Questões éticas:
Dentre os profissionais da área da saúde que realizam o atendimento domiciliar, o trabalho do psicólogo nesta modalidade especificamente ainda gera muitas dúvidas envolvendo questões éticas do atendimento. Uma delas é o fato de que o psicólogo estará inserido na casa do paciente e em contato com muitas informações que poderiam não ser levadas para o consultório ou hospital espontaneamente pela pessoa atendida. Inclusive, é possível que haja a interferência de outros membros da família, por estarem no mesmo ambiente que o paciente e mesmo uma dificuldade dos demais moradores da casa em compreenderem como deve ser a relação com o psicólogo.
Portanto, é dever do psicólogo atuar de forma a evitar que tais situações prejudiquem o processo psicoterapêutico. Cabe a ele estabelecer os limites de sua atuação e estabelecer regras que considerem a ética em sua profissão.
É importante lembrar ainda que em determinados casos será necessário que haja atendimento psicológico a familiares/cuidadores do paciente, porém, este atendimento deve envolver questões ligadas ao paciente e o seu tratamento e não demais demandas que não tenham esta relação. Cabe também ao psicólogo esclarecer esse limite.
“A ética em seu entendimento mais amplo é respeitada na medida em que o atendimento domiciliar é avaliado como a única forma de que se dispõe em dado contexto para atenuar o sofrimento da pessoa ou da família.”
Fonte: CRP-SP (disponível neste link)
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Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556
Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).
Adorei a matéria, muito obrigada, é tema do meu TCC, estou no 9@ semestre.. Te admiro ❤️
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Olá Olga, muito obrigada pelo carinho!! ❤️ E que bom que gostou do texto. Boa sorte com seu TCC!! Abraços!
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Republicou isso em Ψ psicóloga concurseira.
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Ola, Gostaria de tirar uma duvida. Se a pessoa estava sendo acompanhada por uma psicóloga e não pode ir a clinica por conta do horário de trabalho. Pode pedir um atendimento domiciliar?
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Olá Branca, neste caso você poderia optar pela modalidade de atendimento online. Não seria necessariamente um critério para o atendimento domiciliar. Abraços.
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