Por: Leonardo Domingues
Novembro Azul é um movimento que teve origem na Austrália em 2003, em comunhão com o Dia Mundial ao Combate ao Câncer de Próstata, no dia 17 de Novembro e hoje a campanha busca conscientizar a respeito das doenças masculinas, enfatizando a busca e prevenção do câncer de próstata.
O foco principal é a quebra do preconceito masculino de ir ao médico, pois o câncer de próstata está em segundo lugar no ranking em causa de morte por doenças nos homens, e o fato de ter parentesco em primeiro grau com pessoas que já tiveram a doença, pode aumentar a probabilidade de diagnóstico em até 18% – nesse caso é orientado para que faça o exame a partir dos 40 anos.
Mas por que esse assunto atormenta tanto aos homens? Um dos principais fatores é a questão da masculinidade e o fato do exame ser feito pelo toque onde muitos alegam ter vergonha do que sua família e amigos irão pensar e falar. Relatam também que o método é invasivo diminuindo sua virilidade e seu status como homem. A sociedade em que vivemos tem vários estereótipos e a do homem está cravada como o ser másculo que não fica doente e não deixa ninguém toca-lo e que muitas vezes nunca procurou um urologista para tirar suas dúvidas e curiosidades sobre sua sexualidade, muito diferente das mulheres que são orientadas desde crianças a irem ao ginecologista com suas mães e serem tocadas para diagnósticos e exames.
A falta de informação também é um dos grandes fatores que levam o homem a não buscar um médico. A vergonha e medo de um diagnóstico positivo só tendem a dificultar o tratamento e diminuir as chances de êxito no prognóstico. 90% dos casos descobertos precocemente são curados e são menos de 10 segundos que podem mudar toda uma vida. Câncer de próstata também é assunto para se ter com o psicólogo, pois o impacto psicológico em pacientes – que a princípio parece banal – é um assunto que deve ser tratado com muita seriedade. No caso de homens que passam por cirurgia, não existe comprometimento no desempenho sexual ou orgasmo, o que pode acontecer é de o homem estar abalado emocionalmente por todo o processo que enfrentou e, assim, seu desempenho ou desejo diminuir inicialmente, porém, isso pode ser revertido com terapia pois não se trata de um problema físico e sim psicológico.
Vale lembrar que cada indivíduo é único e em sua singularidade cada um reage de modo diferente sobre o assunto e a melhor forma de quebrar os paradigmas é conversando, buscando informações de um profissional especializado e, claro, buscar sempre o exame e tratamento o quanto antes. Afinal, o que é melhor, dormir tranquilo ou ter noites em claro por vergonha de um exame?
Referências:
INCA
Bem Paraná
Novembro Azul
Imagem: Pinterest
Colunista:
Leonardo Domingues
CRP 06/133444
Formado pela UNIARA, é Psicólogo Clínico e atende em Jaboticabal/SP na Rua Floriano Peixoto, 1517 – Centro.
É escritor e cartunista.
Contatos:
WhatsApp: (16) 99775-6457
Instagram: @leonardo_psi
E-mail: leonardo.psico@terra.com.br
*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!