Por: Camila M. Fernandes
Você já deve ter se questionado inúmeras vezes qual seria o momento adequado para levar seu filho ao psicólogo, ou já se questionou inúmeras vezes se realmente isso seria necessário. Ou então se questionou como uma criança pode ter problemas a ponto de precisar de um psicólogo.
A criança assim como os adultos tem seus conflitos e nem sempre consegue lidar com eles de forma adequada. E partir disso começa a demonstrar ou aparentar suas dificuldades, seja através de seus medos ou de suas angústias.
O psicólogo infantil trabalha no intuito de oferecer um ambiente para que a criança sinta-se segura e acolhida. Assim como também trabalha com orientação de pais, pois acredita-se que mudanças importantes e significativas acontecerão se os pais ou responsáveis participarem efetivamente do processo. Como a terapia geralmente é feita uma única vez por semana, é preciso que os responsáveis mantenham as orientações dadas ao longo da semana, para fortalecer a criança e também fazer com que o processo tenha sentido.
Há inúmeros motivos que podem levar pais e responsáveis a procurar um psicólogo. Confira alguns desses itens:
– Dificuldade em interagir: algumas vezes essa dificuldade de interação vem pela timidez, porém torna-se preocupante quando a criança não tem amigos, não tem nenhuma atividade que queira fazer, e quanto mais se distancia, gera outros problemas como agressividade (principalmente em casa) ou problemas de aprendizagem;
– Agitação em excesso: precisa ser algo investigado pelo psicólogo e posteriormente ser feita uma avaliação com neuropsicólogo para verificar se essa agitação pode indicar algum transtorno, como por exemplo o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), e a partir disso ter um tratamento mais adequado;
– Divórcio dos pais: a separação dos pais tende a ser um dos eventos mais significativos na vida de uma criança. Os pais muitas vezes no calor da emoção se esquecem que para uma criança não é fácil compreender tudo, e que isso (a separação) pode gerar um impacto gigantesco na vida dos pequenos;
– Ansiedade: a ansiedade é uma defesa do corpo para aquilo que não sabemos o que vai acontecer. Na medida certa ela se faz necessária, mas em muitos casos começa a tomar uma proporção maior, interferindo na vida diária da criança. Às vezes a ansiedade surge pela cobrança excessiva para ter boas notas, ser sociável com todos, entre outros. Brigas constantes em casa também podem gerar ansiedade. Diferente de um adulto que consegue verbalizar quando está ansioso, a criança não demonstra dessa forma, mas mostra sintomas, muitas vezes bem visíveis, fazendo com que seja possível identificar a ansiedade.
A criança precisa ter um espaço próprio na qual sinta-se segura e confortável para falar o que pensa e o que sente, e o psicólogo tem essa função, de dar esse espaço e fazer com que o tempo de duração de cada sessão seja sempre exclusivo e único para ela (claro que há sessões que são feitas com os pais e responsáveis para Orientação de Pais), mas fora essas ocasiões, quando a criança entra em sua sessão, percebe que o tempo é todo e exclusivo dela, e as vezes só de ter esse momento só seu, faz com que algumas questões desapareçam, pois devido a correria diária, muitas vezes não damos a atenção necessária aos nossos filhos, então eles veem na terapia um lugar para lidar com isso, com algumas ausências e, não somente isso, mas também perceber-se enquanto indivíduos, reconhecendo seu lugar no mundo e sentindo-se compreendidos e aceitos.
Imagem: Pinterest
Colunista
Camila M. Fernandes
CRP: 06/109118
Psicóloga Clínica. Formada pela Universidade São Judas Tadeu.
Aprimoramento Clínico na Abordagem Cognitiva pela Universidade São Judas Tadeu.
Atendimento no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo-SP
Contatos:
E-mail: psico.camilamartins@gmail.com
Facebook.com/psicocamilafernandes
*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!
Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).