Por: Jackeline Leal
Estamos vivendo em um mundo onde o sentimento de que “falta alguma coisa” tem tomado conta praticamente de todas as pessoas. Estamos mais inseguros, não conhecemos nossos vizinhos, temos priorizado nos relacionar com as pessoas que conhecemos e as que não conhecemos via internet e não pessoalmente.
Sair para uma caminhada pelas ruas ou ficar estacionado dentro do próprio carro, mesmo que em lugar movimentado, tem sido evitado pela maioria das pessoas em sã consciência.
Os estudiosos modernos têm dado a este constante medo ou sensação de que nos falta algo o nome de Escassez e ao seu antônimo, Abundância.
O que nos falta, na verdade, tem ocupado um grande espaço nas nossas vidas, pois tem sido um impedimento para vivermos uma vida mais feliz, com um sentimento de realização pessoal – nos falta SEGURANÇA.
Abraham Maslow ficou conhecido por sua famosa Pirâmide de Maslow. Nela ele descreve hierarquicamente as nossas necessidades pessoais e defende a ideia de que as necessidades em nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada ser humano, cada pessoa, deve então, escalar a sua própria Pirâmide para atingir a sua própria autorrealização.
Pela lógica de Maslow as hierarquias seriam: Fisiologia, Segurança, Amor/Relacionamento, Estima, Realização Pessoal. O que nos sugere a reflexão de que estamos vivendo uma crise no nosso segundo item hierárquico que tem nos impedido de continuar a nossa jornada pessoal em busca da realização pessoal.
Não que estes conceitos já não existissem ou fossem conhecidos (Escassez e Abundância, ou até mesmo a teoria de Maslow), mas neste momento eles têm sido de grande valia para explicar um pouco da situação em que vivemos e como é possível sair dela.
O sentimento de falta de segurança tem sido construído há tempos em nossa sociedade, mas neste momento tem sido agravada por situações como desemprego e, ainda pior, os constantes assaltos e mortes que temos visto acontecer o tempo todo, ao nosso redor e às vezes, infelizmente, dentro das nossas casas. Esses “traumas” têm se tornado pessoais mesmo quando não estamos envolvidos diretamente neles.
A sensação de Escassez pode ser vista nas palavras das pessoas, incluindo a nós mesmos, toda vez que pensamos não sermos capazes, não sermos bons o bastante, não sermos bem-sucedidos o bastante, não sermos inteligentes ou magros o bastante.
Esse sentimento de não suficiência surge em nós automaticamente antes mesmo de nos darmos conta. Geralmente vamos dormir com o peso desses pensamentos e já levantamentos lamentando nossas faltas.
A escassez então está presente na nossa sensação de nunca ser ou ter o bastante e vai muito além da segurança, perpassa pelo amor e pelo dinheiro também. E é essa sensação de escassez que nos coloca na posição de avaliadores constantemente, comparando o tempo todo a nossa vida, as nossas roupas, o nosso trabalho e as nossas escolhas, com uma sensação de perfeição que infelizmente é inatingível.
Conhece aquela nostalgia dos velhos tempos? Então, ela mesma, companheira fiel que pode até nos trazer algum conforto para momentos de solidão, mas ao mesmo tempo, serve também para nos manter presos ao passado e nos impedir de viver o momento, o aqui e agora, este lindo “presente”, que é onde está a nossa saúde e felicidade.
Não podemos mais desprezar que estamos vivendo momentos muito difíceis e que assim fica meio difícil não nos sentirmos desmotivados e com necessidade de comparar inclusive a vida de quem está em outros países com maior sensação de segurança ou empregabilidade que nós.
Ainda assim, o meu convite é para tentarmos iniciar uma reflexão sobre uma possibilidade diferente, um novo olhar para um novo conceito, uma espécie de preparação de terreno para semear um pouco, propagar a possibilidade de novas escolhas e tentar remodelar o cenário do qual fazemos parte.
Para esse novo olhar, daremos o nome de Abundância. E o meu convite é para que comecemos desde já, a semear um olhar direcionado para as nossas conquistas, indo contra os obstáculos e abrindo primeiro a nossa mente para uma mudança pessoal, que tomara um dia, seja geral.
Pense nisso!
Imagem: Pinterest
Colunista:
Jackeline Leal
CRP 16/1585
Psicóloga Clínica, Pós Graduanda em Psicodrama pelo IDH/RS,
Formada pela FAESA/ES, atende em Vitória/ES.
Jackeline também é Coach de Carreira e Negócios e conta com
mais de 10 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas.
Contatos:
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