Por: Cleunice Paez
A dor mais profunda e acompanhada de todos os sentimentos, lá está ela. Seguida de um momento de raiva, de angústia, da pior condição humana de perda. Ninguém vai sentir por você, ninguém a compreenderá no seu lugar.
Quem nunca a evitou? Quem nunca pensou que isso é deprimente? No entanto, nem sempre. Ela também pode ser vista com bons olhos, amargurados com dor, mas que essa dor é essencial e faz parte do ser, do estar no mundo.
Quem vai cuidar dela, outro alguém, talvez, temporariamente. Até você se dar conta que a única pessoa que pode curá-la é você mesma. De onde ela vem? Qual a conexão que a faz surgir? Uma criança interior maltratada, impotente, talvez abandonada? É ela que você deve cuidar. Poderá ficar anos com medo de simplesmente tentar cuidar dela, dói. Sim, por isso você fica estagnado na vida, não consegue se libertar, não a acolhe, não quer entender por que ela sofre.
Precisa mostrar confiança, precisa dar atenção ao seu interior, não adianta criar uma barreira entre você e seu interior, quem vai libertá-la de lá se não for você?
Se permita a cuidá-la, não a deixe criar raiva de você e aparecer em reações de impulso ou choro. Escute o que o seu interior grita.
É preciso se dar bem com você mesmo, para então manter um relacionamento com o outro.
Na maioria das vezes a raiva que você está emitindo ao outro, é uma raiva de si mesmo. Precisa tentar assumir o controle da sua própria vida, se sentir bem com sua presença, não tornar a sua única presença desesperadora.
Se permita sentir medo, falar deles, cuidá-los. Entenda o que seu interior tem a dizer, só assim vai conseguir acolher, entender e dar doces a sua criança que tem se amargurado com a vida.
A solidão pode ser viciante se você a alimentar, pode te trazer grande sofrimento ou pode desencadear em você habilidades que jamais conheceria se não a permitisse ficar em sua vida. Sabemos que muitos artistas e compositores conseguem desfrutar da solidão, trazê-la de forma produtiva e exposta em quadros, músicas, fotografias, entre outras belas formas de se apreciar.
Se olharmos por outro ângulo, ela é um mal necessário para o desenvolvimento social, porém percebemos que muitas pessoas gostam tanto de estarem sozinhas, que isso se transforma em refúgio, preferem a melancolia, a felicidade por si só. Quem somos nós para julgar o quanto a solidão do outro pode ser boa ou ruim? Cada um vai compreendendo a missão e o porquê de sua vida.
Mas faça sua própria companhia ser a melhor de todas, faça dela uma arte, um refúgio, use a criatividade, a transforme, não tenha medo do bicho papão, você já cresceu, convide-o para tomar um chá.
Imagem capa: Pinterest
Colunista:
Cleunice Paez
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Psicóloga pela UNIP
Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental – CETCC
Especialista em Psicologia Jurídica – UNICID
São Paulo- SP
Contato:
(011) 970172525
http://www.psicologavilamariana.com.br
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Email: paez.psicologa@gmail.com
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