Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro
Sim, eu faço terapia.
Faço porque entendi que antes de querer que as coisas ou as pessoas mudem, eu preciso enxergar o que pode ser mudado em mim. Entendi que eu preciso cuidar de mim com o mesmo carinho que busco dedicar às pessoas que eu amo. Nem sempre é fácil, requer muito empenho entrar em contato com tantos conteúdos que às vezes eu nem sabia que existiam. Requer coragem para olhar para dentro de mim mesmo e me dispor a mudar tantos padrões, muitos deles rígidos, com raízes profundas e cheios de “mas eu sou assim”, “é o meu jeito”.
Fazer terapia é descobrir que é possível levar uma vida muito mais leve, entender que os meus problemas não vão desaparecer, mas eu sou capaz de mudar a minha forma de encarar cada um deles, de enxergar outras possibilidades, de encontrar outras respostas.
Fazer terapia é aprender a olhar para mim sem julgamentos, mas também sem excesso de piedade. É aprender que eu estou no controle das minhas escolhas, que não sou vítima do mundo, mas que eu colho aquilo que eu planto. Com isso, fazer terapia é também aprender a cultivar melhores decisões.
Sim, eu faço terapia. Faço porque entendi o quanto é importante me ouvir, me compreender e me valorizar. Entendi o quanto a minha saúde mental influencia em todas as outras áreas da minha vida.
Eu faço terapia porque é um ato de amor próprio.
Fazer terapia é alimentar cada vez mais esse amor por mim mesmo na medida em que eu me conheço, me aceito e dou os passos necessários para mudar o que não está bom. Eu faço terapia porque quero ser protagonista da minha própria história e não um expectador daquilo que me acontece e do que os outros estão vivendo.
Faço terapia porque compreendi que a minha felicidade não pode ser frágil, que ela depende apenas de mim e que eu não posso mais me deixar para depois.
Imagem capa: Pexels
Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556
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