Por: Adriana Raquel Castilho
Sabemos que é necessário a adequação da terapia para cada indivíduo. Contudo, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) possui dez princípios básicos que estão presentes em todos casos, aos quais, serão mencionados nos próximos parágrafos.
Conceitualização cognitiva: Seu objetivo é organizar diversas informações sobre o paciente, como o diagnóstico, os problemas atuais e o modo como enfrenta-os, as possíveis distorções cognitivas através dos pensamentos e crenças disfuncionais e a visão que tem de si, do mundo e do futuro, permitindo que o terapeuta determine qual a trajetória mais eficiente e efetiva de tratamento.
Aliança terapêutica sólida: Esta é considerada um ingrediente ativo de mudança, onde relações terapêuticas positivas estão relacionadas aos resultados positivos do tratamento. A empatia e o verdadeiro interesse na compreensão dos problemas trazidos pelo paciente são elementos que contribuem, pois fará com que se sinta acolhido, validado e atendido em suas necessidades.
Colaboração e participação ativa de ambos: O terapeuta estimula o paciente a considerar a terapia como um trabalho em equipe, pois é necessário que haja empenho e dedicação para alcançar o resultado almejado.
Foco nos problemas e objetivos: É solicitado ao paciente que liste todas as suas dificuldades e os seus objetivos (podendo haver modificações posteriores se forem pertinentes ao tratamento). Juntos, irão organizar a ordem dos problemas em que serão trabalhados e as possíveis medidas que poderão ser tomadas para alcançarem os objetivos.
Ênfase inicialmente no presente: As experiências da infância podem ser úteis para auxiliar o terapeuta a compreender como as crenças e os comportamentos do paciente foram desenvolvidos. No entanto, o foco está nos problemas atuais e nas formas com que seu pensamento e ação os mantém.
Psicoeducação: O paciente é orientado sobre a natureza e o curso do seu transtorno, sobre o modelo cognitivo (a relação entre os seus pensamentos, emoções e comportamentos) e sobre o processo da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Esse caráter educativo procura ensiná-lo a ser seu próprio terapeuta, minimizando suas chances de recaída.
Tempo limitado: É voltada para o formato de curto prazo. Todavia, há casos onde é preciso de um ou dois anos de terapia (ou provavelmente mais), devido às crenças disfuncionais rígidas e padrões de comportamentos.
Sessões estruturadas: Otimizar o processo terapêutico é o fundamento principal da estruturação. Se bem utilizada, propicia a compreensão por parte do paciente do que está acontecendo no decorrer da terapia, aumentando a efetividade do tratamento relacionada ao tempo, à remissão dos sintomas e à resolução de problemas.
Ensinar o paciente a identificar e avaliar seus pensamentos e crenças disfuncionais e a responder a estes: Possibilitará a reestruturação cognitiva.
Utilização de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento: Além das estratégias cognitivas (questionamento socrático e descoberta guiada), utilizam-se também técnicas comportamentais e de solução de problemas.
Vale ressaltar, que dependendo dos objetivos do paciente, do vínculo terapêutico adquirido, das suas preferências em relação ao tratamento, da sua motivação para mudar, entre outros fatores, a terapia pode diversificar.
Imagem capa: Pexels
Adriana Raquel Castilho
CRP-08/26211
Psicóloga formada pela Faculdade Pitágoras de Londrina
Contato:
E-mail: contato@adrianacastilho.com
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