Por: Joscelaine Lima
Novamente estamos em setembro e muito se fala acerca do suicídio, a campanha Setembro Amarelo tem crescido bastante e atingido muitas áreas da sociedade, não apenas na Saúde mental, mas em tudo que está relacionando à saúde, desenvolvimento, qualidade de vida, etc., sendo divulgado através das redes sociais e abordado em muitos eventos.
Esta visibilidade da campanha é muito positiva, leva a população de maneira geral a perceber a realidade do suicídio em nossa sociedade atual, reconhecer o trabalho feito pelos psicólogos e demais profissionais da saúde mental, bem como prestar mais atenção às pessoas ao seu redor. Contudo, devemos ter o cuidado para que não seja apenas uma campanha, para que em outubro tudo não seja esquecido, os sinais e sintomas já não sejam percebidos e valorizados, tornando supérfluo todo o conhecimento adquirido em setembro.
Devemos de fato nos conscientizar sobre a gravidade e realidade do suicídio, sobre o que leva uma pessoa a cometê-lo, não olhando de forma preconceituosa e moralista, mas de forma consciente, valorizando a vida, o ser humano e todos os seus aspectos.
Muitas vezes olhamos de forma preconceituosa e moralista pra quem tenta ou comete suicídio, taxando a pessoa de ingrata e sem fé, não nos dando conta que ninguém deseja acabar com a própria vida, o que se tenta acabar é com o sofrimento. É fácil julgar quando não se está na própria pele da pessoa que comete ou tenta suicídio, é mais fácil culpar a pessoa do que oferecer apoio, acolhida, um ombro e um ouvido amigo. Ou, é mais fácil ignorar e fingir que nada aconteceu, racionalizando sobre questões do campo emocional.
Suicídio é um tabu sobre o qual precisamos conversar. Falar sobre o assunto é libertador. É libertador para a pessoa que pensa em suicídio poder contar a alguém que lhe acolhe, que aceita seus sentimentos, que mostra estar ao seu lado e realmente se importar, realmente querer que a pessoa viva e que seja feliz.
Calar pode ser muito perigoso, a pessoa pode desistir de tudo com mais facilidade. Por isto devemos estar sempre prontos para acolher, emprestar o ouvido e realmente ouvir o que outro tem a dizer, sem críticas, julgamentos e moralismos, mas com atenção, solidariedade e respeito pela singularidade do outro, desta forma podemos evitar graves sofrimentos.
Que estejamos sempre disponíveis, não apenas no setembro amarelo, mas, de janeiro a janeiro, valorizando a vida, os sentimentos e emoções nossas e de nossos entes queridos, valorizando a saúde mental e assim ajudando alguém a encontrar novos sentidos à vida, motivando-o a viver plenamente!
Imagem capa: Pexels
Colunista:
Joscelaine Lima
CRP: 12/14672
Psicóloga em Centro de Referência de Assistência Social – CRAS em
São Miguel do Oeste-SC e Psicóloga Clínica
Contatos:
Facebook.com/JoscelainePsicologia
Whatsapp: (49) 992028970
*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.
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Muito importante essa conscientização.
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